sexta-feira, 6 de maio de 2016

DE AREQUIPA A LA PAZ: MAIS ALGUMAS IMAGENS!!



Algumas fotos complementares tomadas no Altiplano Andino (Meseta do Titicaca).

Relembrando o percurso

Onde estávamos!

Lago Titicaca

Uma festa local interrompendo a estrada

Cena do Altiplano Andino

Rebanho de Alpacas

Lhamas

Como descrever?

Gaivota andina

Yanavico ou Ibis de Puna

Flamingo

Pato barcino

Marreca colorada (macho jovem)

Pato puna

Maçarico
Lago Titicaca

DO PERU À BOLÍVIA: DE LIMA A LA PAZ

DIAS 30 a 32
28abr16 - Quinta
a
30abr16 - Sábado
Percurso do período: 1.631 km
Percurso total:  13.813 km



Aviso ao viajante:
- caso viaje de carro verifique se no percurso o modelo do seu veículo é comum e se o fabricante está presente no país, previna-se tendo algumas peças sobressalentes básicas (lâmpadas, filtros de combustível e óleo, fusíveis variados etc)

No dia 28/04 pela manhã procuramos uma oficina em Lima para realizar a troca do óleo do motor do carro e verificar o alinhamento, pois voltamos a ter uma vibração quando em velocidade próxima de 70 milhas/hora. Na troca de óleo um probleminha: não trouxemos o filtro de óleo do carro e a oficina teve grande dificuldade de achar a peça do MinoTaurus. Tínhamos no carro  várias peças sobressalentes, menos o filtro de óleo.

Da troca de óleo fomos a um mecânico indicado para verificar a vibração. Miguel , funcionário da loja de óleo, foi gentilmente autorizado pelo proprietário a nos acompanhar para que não nos perdessemos. Infelizmente o técnico não poderia nos atender de imediato mas nos tranquilizou e afirmou que poderíamos seguir viagem com tranquilidade.

Seguimos as 13h10 para Nazca, uma cidade com péssima estrutura onde pernoitamos para partir na manhã de 29/04 para Arequipa, a cidade dos vulcões.



Onde estamos!
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Arequipa é circundada por paisagens maravilhosas, incluindo vários vulcões, 2 deles (Chachani e Misti) muito próximos e um terceiro (Pichu Pichu) um pouco mais distante. Misti é o mais alto deles com 6.057 m, mas os outros 2 tem alturas próximas disto e como o Misti seus picos permanecem sempre nevados.
Vulcão El Misti
Vulcão El Misti

Vulcão Chachani
Centro histórico de Arequipa
Casario histórico de Arequipa

Catedral de Arequipa
 Partimos dali por uma das melhores e mais belas rodovias percorridas até este momento, contornando o vulcão Chachani, cujas encostas voltadas para a cidade são densamente povoadas. Da paisagem árida do início do percurso passamos para uma paisagem riquíssima em verde ao atingir o Altiplano Andino (ou Meseta do Titicaca), com altitude média de 3.800 m.

A cerca de 110 km de Arequipa atingimos nosso ponto mais alto da viagem: 4.528 m, conforme indicação em sinalização local. A partir daí e enquanto permanecemos acima de 3.500 m o Mino(Taurus) passou a apresentar redução na potência, curtas falhas quando maisexigido  e demora nas respostas dificultando as ultrapassagens, o que é perfeitamente comum para motores aspirados em ar rarefeito.

Decidimos passar pela fronteira em Desaguadero e isto nos levou em direção ao lago Titicaca e paisagens surpreendentes. Uma das surpresas para mim foi a quantidade de população à margem do Lago, com uma cidade grande do lado Peruano, Juliaca.

Lago Titicaca
Na fronteira pensamos que não teríamos nenhuma surpresa, um edifício com ar de abandonado onde pessoas que pareciam estar cumprindo uma pena nos atendiam. Sequer um banheiro público disponível. Mas tivemos surpresa, embora todos os relatos tivessem provocado uma expectativa de dificuldades na nossa liberação e do veículo tudo foi muito rápido e sem questionamentos.

A única dificuldade deveu-se ao fato de termos chegado as 12h30 e a responsável pela liberação do MinoTaurus estar almoçando, só retornando as 14h00. Quando já nos conformávamos com a espera de 1h30 resolvemos perguntar as horas a alguém e descobrimos que deveríamos adiantar nossos relógios em 1 hora para ajustar-nos ao horário local, reduzindo imediatamente a espera para 1/2 hora.

Enquanto aguardávamos fui para a margem do Lago Titicaca onde alguns modelos me esperavam para que os fotografasse: flamingos, maçaricos, marrecos, frangos d'água, excelentes fotos de excelentes modelos (veja imagens no próximo post).

Chegamos a La Paz (3.660 m de altitude) e nos surpreendemos com a sua topografia, grande parte da cidade está localizada em um vale profundo, o que faz parecer que está em uma gigantesca cratera. Saímos para jantar e sentimos os efeitos da altitude ao subir as ladeiras na volta para ao hotel, Daniel não teve nenhum sintoma físico mas eu tive muita dor de cabeça durante a noite gerando alguma dificuldade para dormir.

Ao sairmos da cidade na madrugada de sábado fomos orientados  a não seguir a orientação de um mapa via web que nos mandava sair por El Alto, onde está o aeroporto da cidade, por se tratar de uma área perigosa com grande risco de assaltos. Achamos por bem seguir a orientação e buscar outra rota.

No post seguinte acrescentaremos mais algumas imagens sobre esta etapa do percurso!


Incontáveis tuctucs em manobras sempre inesperadas

Neblina no deserto, uma constante

Lindas praias


Onde menos se espera um rio e enormes plantações



sábado, 30 de abril de 2016

LIMA: ESTRANHA, CAÓTICA E SURPREENDENTE!!

Como colocar muitas fotos no blog tem sido um sacrifício devido a má qualidade das  conexões de internet que tenho utilizado o post de hoje apresentará imagens de Lima que complementam o texto do post anterior. A cidade apresenta os mesmo aspectos encontrados em várias outras cidades latino americanas, espaço com ocupação desordenada nos subúrbios, um trânsito caótico e no qual o principal equipamento dos carros é a buzina

A cidade contem 1/3 da população do Peru em sua área metropolitana e é seu maior centro econômico. Ficamos hospedados em São Miguel, um local que garante proximidade com o Centro e Com San Isidro e Miraflores.



Chegando a Lima
Costaneira: via em 2 níveis que percorre as principais praias
(San Isidro e Miraflores)

Praias
Praias

Via expressa Passeo de La Republica

Sistema Integrado de Transporte

Plaza de Armas
Plaza de Espanha

Casario do Centro Histórico

Paisagismo Urbano em Lima





sexta-feira, 29 de abril de 2016

PERÚ: DA FRONTEIRA NORTE A LIMA!!!

DIAS 27 a 30
25abr16 - Segunda
a
28abr16 - quinta
Percurso do período: 1.291 km
Percurso total:  12.182 km

Oásis no deserto peruano
Aviso ao viajante: apesar da imigração - saída e entrada - ocorrer no mesmo local, a liberação de veículo exige que se consiga a saída em um país para então dirigir-se ao outro e conseguir a entrada.

A entrada no país se deu pela fronteira mais organizada que atravessamos até agora, valem todos os elogios que fizemos à organização e ausência de despachantes (zangões) na entrada do Equador em Rumichaca, acrescentando que os escritórios são bi-nacionais, o que permite que se faça a saída de um país e a entrada no outro no mesmo local, tudo já do lado peruano. Apesar da falta de sinalização a tranquilidade é bem maior e não há pagamento de qualquer taxa.

A tranquilidade só foi quebrada na liberação de entrada do veículo no Perú, como não tínhamos o original do documento de propriedade o inspetor citou que na própria cópia estava definido que o original deveria  ser apresentado. Daniel voltou ao carro e retornou ao escritório mostrando que havíamos passado por todas as fronteiras até ali com a cópia.

Vários inspetores foram até o carro em equipe e o inspecionaram detalhadamente, fazendo elogios ao veículo e ao mesmo tempo verificando se não havia nada escondido sob os tapetes, dentro das portas, no porta malas e no compartimento do motor. No retorno ao escritório o inspetor mais intransigente passou a incumbência de liberar àquele que demonstrou mais flexibilidade, que assinou os papéis sem qualquer declaração e os entregou ao Daniel.

O choque foi imediato, após percorrer um Equador que chama a atenção pela organização, tanto no campo como na cidade entramos em um país onde impera a desorganização, as cidades não parecem mais que ajuntamentos de casas inacabadas (sequer os edifícios recebem qualquer revestimentos nas paredes externas. As margens das estradas são o depósito do lixo ou entulho produzido.

O trânsito é o mais caótico que já conheci, sendo a buzina ("pite") o equipamento mais importante para a condução de qualquer veículo e as ruas são tomadas por tuc-tucs que fazem todo  tipo de transporte.

Para mim foi uma surpresa o fato de estarmos viajando pelo deserto, para depois descobrir que atravessamos de norte a sul os 150 km da extensão peruana do deserto de Sechura, um dos desertos mais áridos do mundo e que faz parte da Diagonal Árida da América do Sul,  tendo continuidade o deserto costeiro do Peru, que abrange toda a costa peruana e tem como continuidade o Deserto de Atacama no Chile.

Só em Lima fomos encontrar uma cidade organizada, com vários prédios históricos e bairros muito bem urbanizados como Miraflores e San Isidro e uma estrutura viária e de transportes bem elaborada.

Percurso
Onde estávamos!

Cena típica do litoral peruano: barcos pesqueiros
TucTucs:uma constante como transporte coletivo na região

Deserto de Sechura

Província petrolífera peruana no Pacífico

Oásis em torno dos raros rios da região

Neblina no deserto: comum a qualquer hora do dia

Deserto Costeiro do Peru