sábado, 30 de abril de 2016

LIMA: ESTRANHA, CAÓTICA E SURPREENDENTE!!

Como colocar muitas fotos no blog tem sido um sacrifício devido a má qualidade das  conexões de internet que tenho utilizado o post de hoje apresentará imagens de Lima que complementam o texto do post anterior. A cidade apresenta os mesmo aspectos encontrados em várias outras cidades latino americanas, espaço com ocupação desordenada nos subúrbios, um trânsito caótico e no qual o principal equipamento dos carros é a buzina

A cidade contem 1/3 da população do Peru em sua área metropolitana e é seu maior centro econômico. Ficamos hospedados em São Miguel, um local que garante proximidade com o Centro e Com San Isidro e Miraflores.



Chegando a Lima
Costaneira: via em 2 níveis que percorre as principais praias
(San Isidro e Miraflores)

Praias
Praias

Via expressa Passeo de La Republica

Sistema Integrado de Transporte

Plaza de Armas
Plaza de Espanha

Casario do Centro Histórico

Paisagismo Urbano em Lima





sexta-feira, 29 de abril de 2016

PERÚ: DA FRONTEIRA NORTE A LIMA!!!

DIAS 27 a 30
25abr16 - Segunda
a
28abr16 - quinta
Percurso do período: 1.291 km
Percurso total:  12.182 km

Oásis no deserto peruano
Aviso ao viajante: apesar da imigração - saída e entrada - ocorrer no mesmo local, a liberação de veículo exige que se consiga a saída em um país para então dirigir-se ao outro e conseguir a entrada.

A entrada no país se deu pela fronteira mais organizada que atravessamos até agora, valem todos os elogios que fizemos à organização e ausência de despachantes (zangões) na entrada do Equador em Rumichaca, acrescentando que os escritórios são bi-nacionais, o que permite que se faça a saída de um país e a entrada no outro no mesmo local, tudo já do lado peruano. Apesar da falta de sinalização a tranquilidade é bem maior e não há pagamento de qualquer taxa.

A tranquilidade só foi quebrada na liberação de entrada do veículo no Perú, como não tínhamos o original do documento de propriedade o inspetor citou que na própria cópia estava definido que o original deveria  ser apresentado. Daniel voltou ao carro e retornou ao escritório mostrando que havíamos passado por todas as fronteiras até ali com a cópia.

Vários inspetores foram até o carro em equipe e o inspecionaram detalhadamente, fazendo elogios ao veículo e ao mesmo tempo verificando se não havia nada escondido sob os tapetes, dentro das portas, no porta malas e no compartimento do motor. No retorno ao escritório o inspetor mais intransigente passou a incumbência de liberar àquele que demonstrou mais flexibilidade, que assinou os papéis sem qualquer declaração e os entregou ao Daniel.

O choque foi imediato, após percorrer um Equador que chama a atenção pela organização, tanto no campo como na cidade entramos em um país onde impera a desorganização, as cidades não parecem mais que ajuntamentos de casas inacabadas (sequer os edifícios recebem qualquer revestimentos nas paredes externas. As margens das estradas são o depósito do lixo ou entulho produzido.

O trânsito é o mais caótico que já conheci, sendo a buzina ("pite") o equipamento mais importante para a condução de qualquer veículo e as ruas são tomadas por tuc-tucs que fazem todo  tipo de transporte.

Para mim foi uma surpresa o fato de estarmos viajando pelo deserto, para depois descobrir que atravessamos de norte a sul os 150 km da extensão peruana do deserto de Sechura, um dos desertos mais áridos do mundo e que faz parte da Diagonal Árida da América do Sul,  tendo continuidade o deserto costeiro do Peru, que abrange toda a costa peruana e tem como continuidade o Deserto de Atacama no Chile.

Só em Lima fomos encontrar uma cidade organizada, com vários prédios históricos e bairros muito bem urbanizados como Miraflores e San Isidro e uma estrutura viária e de transportes bem elaborada.

Percurso
Onde estávamos!

Cena típica do litoral peruano: barcos pesqueiros
TucTucs:uma constante como transporte coletivo na região

Deserto de Sechura

Província petrolífera peruana no Pacífico

Oásis em torno dos raros rios da região

Neblina no deserto: comum a qualquer hora do dia

Deserto Costeiro do Peru


quarta-feira, 27 de abril de 2016

EQUADOR: PARA ONDE DÁ VONTADE DE VOLTAR!!

DIAS 26 e 27
24abr16 - Domingo
a
25abr16 - Segunda
Percurso do período: 1027 km
Percurso total:  10.892 km


Aviso ao viajante:
- cuidado com os limites de velocidade e outras regras de trânsito, há policiais nas pistas;
- o dólar americano é a moeda local desde 2000, em substituição ao sucre, portanto não é necessário se preocupar com câmbio;
- a gasolina foi a mais barata encontrada no percurso: US$ 1,48 por galão da regular ( US$ 0,39 por litro);




Encontramos no Equador um país que chama a atenção pela beleza e organização. A primeira etapa deste trecho foi a etapa final do percurso para Marcelo e Mauro, que tinham compromissos no Brasil que os obrigava a voltar.

Como afirmamos no posto anterior encontramos já na fronteira a aduana mais organizada e transparente, com procedimentos que favorecem o cidadão.

No percurso vimos as áreas rurais extremamente organizadas, com estradas bem conservadas e cidades bem urbanizadas, com infra estrutura em expansão,

Após passar pela fronteira no dia anterior (23/04) seguimos até Tulcan. Apesar de Capital da província de Carchi, é uma pequena cidade com pouca infra estrutura hoteleira. Havíamos reservado acomodações no Hotel Palácio Imperial, ao chegar lá fomos recebidos por alguém que até agora não sei quem é, que nos questionou sobre se iríamos nos hospedar mesmo, pois havia um festa no hotel que perduraria até as 2 da manhã. Negociamos na recepção quartos nos lugares mais distantes da festa e dormimos cansados ao som de batidão latino americano.

De lá partimos na manhã do dia seguinte bem cedo em direção a Quito e poucas milhas depois da saída fomos parados por policiais rodoviários.  Daniel dirigia a 96 km (60 milhas) numa pista onde o limite era de 90 km. Ouviu do guarda: "Quanto me pagas para não multá-lo em US$ 150", para ouvir de retorno "Sou cristão, portanto pagarei a multa, pode emitir a boleta". O policial, após chamar atenção para o cuidado que se deve ter com os limites de velocidade, perguntou a nacionalidade do Daniel, deu um meio sorriso ao ouvir que era brasileiro (mesmo com a cara do Ray Coniff) e mandou seguir. Foi nossa primeira experiência de tentativa de extorsão nos quase 11 mil quilometros percorridos até agora.

Muito próximo de Quito, com 10.058 km da viagem rodados, segundo os nossos instrumentos (GPS nos celulares), passamos sobre a linha do Equador Para mim foi um  especial prazer de passar da Primavera  para o Outono, sem passar pelo Verão, um sonho de consumo meu e da Ana, o que poderia dar até um post específico.

Como chegamos razoavelmente cedo a Quito, a 2800 m de altitude, fomos procurar um lugar para almoçar. Não encontramos, mas pudemos contemplar uma bela cidade incrustada entre montanhas. Um informação equivocada, mas muito gentil,  nos forçou a fazer tour pelo seu centro histórico (a cidade foi fundada em 1534 e foi a primeira reconhecida como Patrimônio Histórico da Humanidade pela Unesco em 1978) (descobrimos que é muito comum por aqui, a pessoa te responde com muita boa vontade mesmo que não saiba nada sobre o que você perguntou).

Acabamos almoçando no Aeroporto, para onde nos dirigimos para o embarque de Marcelo e Mauro, avaliamos juntos como foram bons estes dias e como tudo deu certo apesar de todas as nossas diferenças, oramos juntos agradecendo por isso antes deles partirem. Vai ser estranho continuar só em 3: Daniel, eu e o Mino(Taurus).

Eu e Daniel pernoitamos em Quito no Hotel Stubel, ao lado do miradouro de Guápulo, com uma vista incrível do Vale do mesmo nome. Partimos na manhã seguinte em direção ao sul para passar para o Peru pela Ponte da Paz em Huaquillas.

No percurso uma placa interessante na estrada: "ZONA DE CAÍDA DE CENIZAS! ENCENDA LAS LUCES", o que voce pensaria de morar em uma área sujeita aos humores de vulcões.

Avistamos o topo de vários deles no entorno do caminho mas o que chamou nossa atenção foi o Chimborazo, vulcão e montanha mais alta do Equador, com 6.238m, Por estar localizado a 1º ao sul do Equador  e devido ao formato elipsóide da terra a distância do seu topo ao centro da mesma é  2.000 m maior que a do Everest, sendo portanto o ponto mais externo do planeta. É por este motivo que as placas indicativas dos seus acessos  afirmam que é o ponto mais perto do Sol. Uma decepção para mim que sempre achei que este ponto fosse em Bangú (RJ) ou Corumbá (MS).

Seguimos paisagens lindas de serra e estradas bem conservadas até a divisa...dalí em diante, incluindo a passagem pela fronteira é assunto para o próximo post.

Sobre a beleza do Equador deixo as fotos falarem:













Vista do Hotel Stubel


Vulcão Chimborazo

O céu do Equador


Paisagem suíça no Equador

Primavera ou Outono?

Por do Sol na fronteira Equador-Perú











domingo, 24 de abril de 2016

COLÔMBIA DE NORTE A SUL!!

DIAS 23 a 26
21abr16 - quinta
a
23abr16 - sábado
Percurso do período: 1.558 km
Percurso total:  9.865 km


Informação ao viajante: - não planejar percursos muito longos porque a situação e a topografia das estradas, além de grande movimento de caminhões não permite grandes avanços;
-  as estradas são péssimas e sem acostamento na maior parte do trecho, mas são pedagiadas, para nossa surpresa;
- não se aceita cartões nos pedágios, é necessário ter dinheiro local;
- planeje os percursos para não viajar a noite: a precária sinalização e o estado das pistas, além de animais nas mesmas torna a direção noturna muito arriscada.

Onde estávamos:



Um longo percurso atravessando trechos das Cordilheiras Central e Ocidental Colombianas, com muitas estradas sinuosas em serra.

Saímos de de Cartagena as 15h20 do dia 21 de abril pois sabíamos que o percurso até a fronteira era longo e segundo as informações colhidas não seria possível realizar em curto tempo, avançamos somente cerca de 180km até Sincelejo, onde, onde pernoitamos após informações de que a estrada não melhoraria adiante e de que não haviam cidades com acomodações melhores a frente.

 Na manhã seguinte descobrimos que após a mesma as estradas apresentam uma razoável melhora e de que haviam cidades "mucho mas evolucionadas" a frente, ao contrário do que nos haviam informado na noite anterior.

Avançamos no dia seguinte até Anserma e pernoitamos ali.


Chegamos a fronteira na Ponte Rumichaca (Tulcan no lado equatoriano) ao final do dia e para nossa surpresa encontramos a aduana mais ágil de todo o percurso, não havia cambistas e despachantes nos pressionando, em lugar disso funcionários devidamente identificados nos orientaram sobre os locais aos quais nos deveríamos dirigir, tais locais possuíam bastante indicativos dos procedimentos a seguir, sempre ressaltando que os procedimentos deveriam ser pessoais, sem necessidade de intermediários.


Como informei cruzamos duas das 3 cordilheiras andinas do território colombiano, percorrendo mais de 1.200 km em serras com grandes variações de altitude a partir de Caucásia, chegando a cerca de 2.600 m em vários pontos. Registramos 2.810 m como a altitude máxima do percurso.

Encontramos muitas tropas do exército guardando locais de comércio, trechos de estrada e pontes ao longo do percurso, com uma maior concentração nos trechos de floresta. O interessante é que a maioria dos grupos faziam questão de saudar amigavelmente os motoristas.


Grande fluxo de caminhões em estrada sinuosa e de mão dupla.



Paisagens deslumbrantes as cruzarmos as Cordilheiras Colombianas (Andes)

Entendendo porque os colombianos se destacam no ciclismo

Fomos obrigados a parar e contemplar

Homenagem ao MinoTaurus, o herói desta grande aventura



Militares patrulham a região de Caucaem ação contra o narcotráfico.
A fumaça ao fundo é lixo queimando e não guerra, foi puro golpe de olhar.