DIAS 27 a 30
25abr16 - Segunda
a
28abr16 - quinta
Percurso do período: 1.291 km
Percurso total: 12.182 km
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Oásis no deserto peruano |
Aviso ao viajante: apesar da imigração - saída e entrada - ocorrer no mesmo local, a liberação de veículo exige que se consiga a saída em um país para então dirigir-se ao outro e conseguir a entrada.
A entrada no país se deu pela fronteira mais organizada que atravessamos até agora, valem todos os elogios que fizemos à organização e ausência de despachantes (zangões) na entrada do Equador em Rumichaca, acrescentando que os escritórios são bi-nacionais, o que permite que se faça a saída de um país e a entrada no outro no mesmo local, tudo já do lado peruano. Apesar da falta de sinalização a tranquilidade é bem maior e não há pagamento de qualquer taxa.
A tranquilidade só foi quebrada na liberação de entrada do veículo no Perú, como não tínhamos o original do documento de propriedade o inspetor citou que na própria cópia estava definido que o original deveria ser apresentado. Daniel voltou ao carro e retornou ao escritório mostrando que havíamos passado por todas as fronteiras até ali com a cópia.
Vários inspetores foram até o carro em equipe e o inspecionaram detalhadamente, fazendo elogios ao veículo e ao mesmo tempo verificando se não havia nada escondido sob os tapetes, dentro das portas, no porta malas e no compartimento do motor. No retorno ao escritório o inspetor mais intransigente passou a incumbência de liberar àquele que demonstrou mais flexibilidade, que assinou os papéis sem qualquer declaração e os entregou ao Daniel.
O choque foi imediato, após percorrer um Equador que chama a atenção pela organização, tanto no campo como na cidade entramos em um país onde impera a desorganização, as cidades não parecem mais que ajuntamentos de casas inacabadas (sequer os edifícios recebem qualquer revestimentos nas paredes externas. As margens das estradas são o depósito do lixo ou entulho produzido.
O trânsito é o mais caótico que já conheci, sendo a buzina ("pite") o equipamento mais importante para a condução de qualquer veículo e as ruas são tomadas por tuc-tucs que fazem todo tipo de transporte.
Para mim foi uma surpresa o fato de estarmos viajando pelo deserto, para depois descobrir que atravessamos de norte a sul os 150 km da extensão peruana do deserto de Sechura, um dos desertos mais áridos do mundo e que faz parte da Diagonal Árida da América do Sul, tendo continuidade o deserto costeiro do Peru, que abrange toda a costa peruana e tem como continuidade o Deserto de Atacama no Chile.
Só em Lima fomos encontrar uma cidade organizada, com vários prédios históricos e bairros muito bem urbanizados como Miraflores e San Isidro e uma estrutura viária e de transportes bem elaborada.
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Percurso |
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Onde estávamos! |
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Cena típica do litoral peruano: barcos pesqueiros |
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TucTucs:uma constante como transporte coletivo na região |
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Deserto de Sechura |
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Província petrolífera peruana no Pacífico |
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Oásis em torno dos raros rios da região |
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Neblina no deserto: comum a qualquer hora do dia |
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Deserto Costeiro do Peru |
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