quinta-feira, 7 de abril de 2016

Tapachula (México) a Cidade da Guatemala

DIA 8
06ABR16  - quarta
Percurso do dia: 321 km
Percurso total: 5.747 km

Informações a viajantes:
- reserve hotéis previamente em Tapachula  e se possível ligue para verificar as condições dos mesmos. Só vá para o Cervantino se houverem quartos com ar condicionado disponíveis, o preço é muito baixo mas não vale a pena correr o risco de não conseguir dormir devido ao calor.
- o posto de fronteira, lado México, funciona a partir das 07h00 para liberação de imigrantes mas somente a partir das 08h00 para liberação de veículos.
- a fronteira gualtemateca funciona 24 horas para liberação de entrada de pessoas, mas só a partir de 08h30 para liberação de autos, mas lembre-se que ao cruzar a fronteira seu relógio será atrasado em uma hora para adequação ao horário local.
- quando passamos, o cambio do dinheiro (pesos mexicanos MXN ou dólares) para quetzals (Q.) estava mais vantajoso do lado mexicano. Na Guatemala os bancos só fazem câmbio para correntistas.

Tapachula

Reservamos o hotel no dia anterior  pelo booking.com, site que sempre uso mas que está cada vez menos confiável. O que nos pareceu o melhor na cidade estava lotado, todos os outros tinham avaliações bastante ruins, optamos pelo mais barato, Hotel Cervantino, incríveis US$ 57 por 4 quartos, sem ar condicionado pois estes estavam todos reservados.
Ao colocarmos nossas coisas nos quartos já percebemos o que nos esperava pois os mesmo pareciam fornos e o ventilador parecia não fazer diferença nenhuma. Saímos para jantar no La Fonda Inn, próximo do hotel, para nossa surpresa comemos muito bem, desde filés com cogumelos a frutos do mar, passando pelo desejado arroz branco do Maurinho. Alguns probleminhas técnicos no preparo estavam presentes mas não estragaram o conjunto.
Após o jantar tentar dormir, meu quarto até que refrescou com o ventilador, mas nos seus forninhos os meus camaradas quase não conseguiram pregar os olhos.

A Travessia

Chegamos as 07h30 no posto de Fronteira em Talismán (20 km do centro de Tapachula) para agilizar nossa saída do México, não havia filas e os trâmites para liberação pessoal foram muito rápidos. A liberação do Mino(Taurus) foi um pouco mais demorada e precedida de uma vistoria obrigatória pelo pessoal da Polícia de Fronteira, mas pouco depois das 08h00 já estávamos em El Carmén,na Guatemala.
Nos indicaram o posto como o mais tranquilo para esta passagem, mas o lugar é de assustar, parece com uma feira em nossas cidades do interior, algumas ruas com muito movimento e no México já havíamos sido abordados por um despachante de nome Francisco.  Ao atravessarmos tivemos o carro cercado por um grande número deles, todos falando ao mesmo tempo, deixamos que explicassem tudo e depois pedimos que respeitassem nossa decisão de falar com Francisco. A este, depois de ouvir uma ladainha de dificuldades, pedimos um tempo para pensar e colocamos o carro em um estacionamento.
Atrasamos nossos relógios em 1 hora e fomos tomar café, mas somente eu me alimentei, porque meus amigos acharam o lugar não muito limpo e se surpreenderam porque não havia água corrente na torneira, eu que apanhei muito por colocar a mão dentro do pote quando criança não consegui ver nada de anormal e fiz meu desjejum: ovos mexidos com bacon, frijoles (feijão preto), tortilhas de farinha de milho e um suco de laranja. Comi diante do olhar estupefato dos meus três companheiros que passariam o dia na expectativa dos efeitos colaterais do meu desjejum, mas para decepção deles o único efeito que o teve foi o de aplacar minha fome matinal.
Os despachantes nos fizeram lembrar os que atuam no nosso país, criando dificuldades para vender facilidades. No nosso caso o fator encontrado para dificultar nossa passagem dizia respeito ao fato de que o documento definitivo do carro, em nome do Daniel, demoraria cerca de 15 dias para ser emitido nos EUA e resolvemos viajar com o documento provisório. Segundo os gualtematecos no México não tínhamos tido problema porque o México é como uma parte dos Estados Unidos.
Por fim pagamos cerca de US$ 240 por uma licença que conforme nos afirmaram garantirá a passagem do carro com menos burocracia por todas as fronteiras da América Central, menos no Panamá, se lá for outro pedaço dos EUA esperamos que o tratamento seja o mesmo que tivemos no México. Pagamos também propina, calma, é assim que se chama aqui gorjeta de US$ 50 ao Francisco. O que chamamos propina aqui se chama mordida.
Por fim seguimos com nosso Selo de Licença Internacional fixado no para brisa dianteiro do Mino(Taurus).

O trajeto até Guatemala City

O trajeto de 321 km até a cidade da Guatemala foi o mais duro que percorremos até aqui. As estradas são de pista simples e tem um asfalto muito bom na maioria dos trechos, mas além de trechos com buracos, não contam com acostamento, são bastante sinuosas e passam no centro das cidades a que dão acesso. Além de tudo isso há os "túmulos", isso mesmo as estradas são cheias de "túmulos" que é como eles chamam aqui as nossas lombadas. Estes fatores tornam quase impossível fazer qualquer estimativa do tempo de percurso.



Optamos por seguir pela CA2 que leva a cidade da Guatemala por Quetzaltenango, no roteiro dos vulcões da Guatemala e passando perto do Santiaguito, o vulcão que está em erupção desde sábado passado mas que não avistamos devido a neblina. Chegamos a pensar que nos arrependeríamos por ter escolhido esta rota mas após Quetzaltenango (que os gualtematecos chamam de Chela) a estrada melhorou muito, com piso em concreto e pista dupla, com muitas curvas mas sem nenhum "túmulo".

Chegamos à cidade da Guatemala as 16h30 e encontramos um congestionamento de final de tarde. Paramos em um McDonalds para poder fazer a reserva do hotel utilizando o wi-fi e decidimos nos dar um presente de compensação pelo hotel anterior, principalmente depois que encontramos uma oferta em um grande hotel daqui, saímos do McDonalds, andamos cerca de 4 quadras e quase nos negamos a obedecer o GPS que nos mandava entrar a direita, já estávamos em frente ao Tikal Futura.



Vulcões sempre a vista
Mulheres vestindo seus trajes tradicionais (huipil)

Onibus tipo jardineira, repare nas bagagens no teto




Olha só o que achei...fica aí o desafio para meus amigos acharem:
 Claudete, Luciana e Mary

Quetzal: ave símbolo da Guatemala e
nome de sua moeda
Foto: conchiapas.com






Um comentário:

  1. hahaha adorei o post, Pai! Tb acho que qdo a fome bate é complicado fazer análises profundas sobre higiene! E se a parada foi no fogo, então, tá tranquilo!haha bjs

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